terça-feira, 3 de agosto de 2010

Morada provisória e a nova residência


Mudança para o galpão: A vida precisava continuar. Então, juntou-se o que havia sobrado do incêndio e fomos residir provisoriamente no galpão do engenho, na baixada, mais próximo ao lago. Neste galpão, ficamos abrigados durante o tempo que foi necessário à construção da nossa nova residência.
Não me contaram por quanto tempo, ficamos no galpão da beira do lago, convivendo diretamente com o barulho, a poluição, o cheiro de engenho e a luta diária dos tralhadores.
A Nova residência: Ela foi erguida em local bem mais afastado do lago, num aplainamento feito no sopé de uma colina, tendo à frente larga planície por onde serpenteava respeitável igarapé. Havia um amplo terreiro por atrás da casa e, um barranco elevado mostrando o barro amarelo-pardacento daquele importante prolongamento do relevo do Morro da Trindade. Estas elevações eram quase totalmente cobertas por vegetação florestal que foi conservada por meu pai durante todo o tempo em que ali residimos. Na orla da floresta, foram plantadas algumas limeiras cujos galhos debruçavam-se sobre o barranco e serviam de refúgiol, especialmente, para porcos e galinhas, nas horas de sol forte.
Foi esta residência que me viu crescer. Ela tornou-se a minha casa-mãe, que aprendi a amar e a conhecer, em todos os seus detalhes, compartimentos, móveis e utensílios. Cada sala, cada quarto, cada espaço tem uma história que me vincula e emociona. Foi meu lar amigo durante cerca de 12 ano, até quando nos mudamos para Pedreiras, por volta de 1952/1853.
(vai cont...)

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